20090730

122 - Lixo electrónico!

Ai se descubro quem foi o engraçadinho que andou a registar em tudo e mais alguma coisa para me encher a caixa do correio... meto-lhe os envelopes todos à porta que há-de querer sair da toca e não há-de ter como!

20090712

121 - Let's Dance ou Dezembro na Dança

Lá estive a aturar o Marcelo Rebelo de Sousa (para quem o viu no primeiro programa está em crescendo de mediocridade mas estes pensamentos feios não ficam agora aqui bem!) enquanto esperava para ver o Telmo Moreira e o programa de dança. Quero lá saber se o programa de dança é isto ou aquilo ou que assim ou assado aos miúdos que concorrem. Acho piada, acho interessante que se mostrem na dança e se esforcem por aparecer num programa de televisão. Acho louvável o empenho em dançar, levarem a sério, ensaiarem, abdicando de tempos livres, preguiça e outras brincadeiras, coisas um bocado politicamente incorrectas de dizer, em tempos em que tudo o que seja empenho se chama ”exploração infantil” e "trauma de infância". Este é o parêntesis, de facto sou é fã do Telmo Moreira, há algum tempo que acompanho a carreira de bailarino, os prémios, a passagem pela Rússia e estou ansiosa por vê-lo dançar, acho admirável a participação no programa, não tem preconceitos sobre classicismos nem formalidades corporais e é uma doçura de pessoa, diria bela. Sem menosprezo pelos restantes colegas júris do Telmo Moreira, que aliás fazem um trio positivo, sempre com uma palavra de encorajamento e uma critica dita de forma suave. Mas o Telmo Moreira é Dezembro na Dança! E depois vêm “Os Contemporâneos”, em crescendo de qualidade e está feito o Domingo :-D Boa semana!

20090705

120 - Respingadora

Na continuação de ler o posts dos outros e dar-me vontade de escrever igual, é que nem foi tarde nem foi cedo, foi esta tarde mesmo, que me deparo com duas figuras que valem o que se segue (e pouco mais que já é qualquer coisa :-P e não sou nada modesta!): dois homens, quase diria de mãos dadas não fora pensaram naquilo que não quero dizer e que julgo que não é verdade, verdade se diga!, mãos dadas num pacto de ascensão político-social de um e de manter o know-how político-social de outro, um é homem experiente, um ex-"isto", ex-aquilo, não posso enunciar os "ex's" porque apertava o crivo e não me apetece, o outro é homem novato, ex-empregado bancário de uma agência de sub-província que é hoje um "isto" à custa de servir o "aquilo". Isto está a ficar um bocado enigmático mas eu esclareço: um deles era um importante político que hoje é um importante empresário e o outro um serviçal do primeiro que se tornou um importante político. Conheço-os porque a província é pequena e todos nos conhecemos, odiamos ou bajulamos. É assim a província que conheço e é daqui que nascem os nossos políticos. Se isto é chocante eu repito: somos governados por estes homens que não sabem para que serve a segunda fiada de talheres, mas sabem providenciar o seu futuro pessoal. Vi-os aproximarem-se de mim, parámos os três para atravessar a passadeira de peões e cumprimentei um deles, ao outro nem me dou ao trabalho. Sorri com quanta força tinha, desejo-lhes muita saúde, continuação de sucesso e que nos seus excessos deixem cair algumas migalhas que anda me façam gorda :-P

20090702

119 - Fotografia vs Pessoas

Estava aqui a ver umas belas fotografias (e a pensar que realmente há blogues que é preciso ter calma porque a qualidade está lá, uma vezes escondida atrás do fútil e bonito, é muito feio ter preconceitos!), que já as vi em qualquer lado e lembrei-me numa daquelas histórias do fotografo que volta a encontrar-se com o fotografado e conta o que aconteceu à pessoa fotografada, por exemplo é famosa aquela menina de olhos verdes da kodak ou aquele beijo de Paris ou da magricela de Hiroshima, etc. E a propósito deste efeito do fotografo sobre a vida do fotografado há um livro muito interessante e chato que mais ou menos descreve a vingança de um fotografado de guerra cuja vida se tornou um tormento, uma fuga à morte, depois da sua fotografia ter dado à volta ao mundo nas mãos de um famoso fotografo, lamento não me lembro do titulo e do autor. Também já li uma história de um alemão que à data da descoberta da fotografia resolveu fazer colecção de retratos de pessoas com as respectivas informações sobre as pessoas que fotografava. Por azar a sua enorme colecção, um verdadeiro catálogo humano, caiu nas mãos dos nazis e foi de matar mais uns quantos. Tudo isto vem a propósito de estar na moda fotografar pessoas reais na vida real, no-me-a-da-men-te, pessoas pobres e desprotegidas em momentos da vida real cruel. Confesso que adoro tirar fotografias as pessoas. E confesso que adorava tirar fotografias a pessoas mal amanhadas, tipo gordas com o piercing na banha ou rabos em cuecas cor-de-rosa a sobressair das calças a cair pelos joelhos. Não sei como terminar este post, porque mais coisas me surgem na mente sobre este tema, mas a ideia é esta: o respeitinho é muito bonito.