041R1 - Ferbilhante com V

No Porto por motivos profissionais. Como já não era a primeira vez achei que já sabia o caminho de cor e resolvi usar a referência de entrada do metropolitano no Hospital de São João (para quem não sabe o irmão gémeo de Santa Maria separado à nascença).

1ª Dificuldade: é preciso adivinhar onde se compra o bilhete;

2ª Dificuldade: é preciso ter moedas talhadas para a máquina porque a máquina não estava a aceitar cartão multibanco e rejeitou metade das moedas que lá enfiei;

3ª Dificuldade: não vi mapas dos circuitos;

4ª Dificuldade: felizmente percebi que ali era o fim da linha por isso só tinha mesmo era que entrar na carruagem;

5ª Dificuldade: por cima da porta da carruagem há vários mapas com os circuitos mas não estão interligados;

1ª Facilidade: as jovens que andam de metropolitano são simpáticas e explicam tudo o que se lhes pergunte, adoram conversar, pergunta-se a uma e respondem logo duas;

6ª Dificuldade: as pessoas falam ao telemuóbel e cuontam a bida tuoda numa linguagem horrorosa que nem sei como se escreve;

2ª Facilidade: há uma voz que ecoa pelos corredores do metropolitano a avisar que os fiscais estão nas entradas;

7ª Dificuldade: a chuva passou de miudinha a forte e apanhei uma valente molha;

8ª Dificuldade: entro no escritório, deparo-me com uma recepcionista pedante e oiço outra a iniciar um telefonema e nem bom dia diz;

1ª Opinião: Andante não é nome de nada e muito menos de transporte;

2ª Opinião: Mapas por favor;

3ª Opinião: O metropolitano é bonito e as pessoas feias;

4ª Opinião: As pessoas do Porto são por natureza grosseiras, preferem a rudeza à simpatia, como se a doçura na voz fosse sintoma de “moleza”, falam alto para dar nas vistas, são com certeza as avós genéticas das "apregoadeiras".

Mete medo o futuro profissional com o sotaque do Porto.