20081206

048 - Estória de Natal

Do alto da sua montada alazão, diz mui nobre cavaleiro João...
- Dir-me-ás vosso nome oh donzela?
- Sois algo atrevido, não?! Cuidais que te digo meu nome assim, sem delongas?
Surpreso, o cavaleiro decide afastar-se... e muda de estratégia! parte em direcção ao covil da feiticeira, pedindo-lhe o seu conselho.
- Laidita, ajudai-me, pois conheci bela donzela que a mim Espanta Sono! Já não durmo, já não como, suplico-vos, ajudai-me com vossa imensa sabedoria!
A feiticeira, vendo tamanha aflição nos olhos castanhos do cavaleiro, disse-lhe...
- Levai esta Lomo como oferta, e tenhais modos ao falar!
Estranho engenho este que haviam depositado em sua mão, mas assim fez o cavaleiro, e cavalgou de volta à residência da donzela.
(por esta altura já o cavalo tinha ficado sem palha, mas como o preço dos cereais também está a descer tal como o do brent, nada como fazer uma pausa numa "estalagem de serviço" para abastecer o cavalo e beber um café... de volta à estória)
- Invicta donzela, vede o que trago para vós!
Maravilhada com tal artefacto (a "tal" lomo), diz a donzela...
- Onde haveis vós encontrado a minha máquina?! Devolvei-a!
- Foi uma Doninha que a achou, e um Furão que a guardou, e eu trago-la até vós, em troca de saber vosso nome...
- Eu sou a Rita! Muito prazer! Agora dá cá a máquina e põe-te a andar que eu quero ir tirar umas fotos à iluminação de Natal da baixa!

(eu disse que era uma estória de natal, pelo menos é passada na época do natal!)

12 comentários:

Majo disse...

Deliciosa! Amei!! Cheira deliciosamente... ;)

Bjinho cheiroso

Anónimo disse...

Viva.
O Furão fura aqui, fura ali, e lá vai encontrando tocas de outros bichos, que logo generosamente põe à disposição dos demais.
E em graciosa narrativa, para que o caminho subterrâneo seja mais interessante.
Uma rica galeria.
Já a percorri e os primeiros cheiros convidaram-me a marcar segunda visita, mais atenta.

Anónimo disse...

dir-te-ei que tás em grande :D e que embirro com história com "e" mas pronto dps n te queixes q n tás de acordo com o ortográfico ;P

Graça Brites disse...

Ou seja, uma feiticeira, um furão e uma doninha armaram-se casamenteiros usando o ardil da Lomografia para motivar a invicta donzela a assomar à janela e a perder-se de amores pelo nobre cavaleiro. Pois...e o conluio falhou. Oh não! Era o ardil bem mais interessante do que os atributos do cavaleiro João.

Gosto muito de histórias de Natal, de preferência com happy end, tipo filme americano de domingo à tarde na TV. :)

Parabéns pela história e pelas vossas Mustelas.

Rita disse...

Ahhhhhhhhhhhhhhhh! Sou eu!!!!! Obrigada!!! Eu estava a ler uma lomo e tal, nem acredito! E pensei, "txi queria tanto uma" e agora esta prendinha, que booooooom!! Até estou corada! :D beijinhoooo

Rita disse...

Mas eu não sou assim tão mal educada :) não te punha logo a andar, hehe! beijinho*

mdsol disse...

Acho muito criativa esta maneira de falar de várias coisas e homenagear pessoas ao mesmo tempo!
:))

[quanto ao tempo de Natal estamos conversadas...num gosto e pronto!]

coraline disse...

Gostei. :)

Heduardo Kiesse disse...

maravilhosa-mente

:-)

abraços em ti

Laidita disse...

Então e a Laidita que tão grande amor nutre por todos os Mustela putorius furo é uma feiticeira que mora num covil? Ou será uma feiticeira com poderes para se transformar em animal e era ela a furanita que guardou a Lomo? Nesse caso já me sinto mais contente.

Muito obrigada por esta inclusão inesperada numa estória de natal!

Salto-Alto disse...

Mais um grande texto! Temos muita sorte :)

Anónimo disse...

Ahah!Boa história!E a Ritinha ficou toda Sissi!=P