Estava aqui a ver umas belas fotografias (e a pensar que realmente há blogues que é preciso ter calma porque a qualidade está lá, uma vezes escondida atrás do fútil e bonito, é muito feio ter preconceitos!), que já as vi em qualquer lado e lembrei-me numa daquelas histórias do fotografo que volta a encontrar-se com o fotografado e conta o que aconteceu à pessoa fotografada, por exemplo é famosa aquela menina de olhos verdes da kodak ou aquele beijo de Paris ou da magricela de Hiroshima, etc. E a propósito deste efeito do fotografo sobre a vida do fotografado há um livro muito interessante e chato que mais ou menos descreve a vingança de um fotografado de guerra cuja vida se tornou um tormento, uma fuga à morte, depois da sua fotografia ter dado à volta ao mundo nas mãos de um famoso fotografo, lamento não me lembro do titulo e do autor. Também já li uma história de um alemão que à data da descoberta da fotografia resolveu fazer colecção de retratos de pessoas com as respectivas informações sobre as pessoas que fotografava. Por azar a sua enorme colecção, um verdadeiro catálogo humano, caiu nas mãos dos nazis e foi de matar mais uns quantos. Tudo isto vem a propósito de estar na moda fotografar pessoas reais na vida real, no-me-a-da-men-te, pessoas pobres e desprotegidas em momentos da vida real cruel. Confesso que adoro tirar fotografias as pessoas. E confesso que adorava tirar fotografias a pessoas mal amanhadas, tipo gordas com o piercing na banha ou rabos em cuecas cor-de-rosa a sobressair das calças a cair pelos joelhos. Não sei como terminar este post, porque mais coisas me surgem na mente sobre este tema, mas a ideia é esta: o respeitinho é muito bonito.
Há 4 semanas
1 comentário:
É sim, muito bonito mesmo. A tua preocupação ou irritação é bem justificada.
:))))
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