20090228

092 - Sopa da Pedra... na brasa!

Verificações técnicas com a devida antecedência, preparação pormenorizada, lavagem cuidada (da viatura! que eu não quero cá confusões com águas) de véspera para comparecer no ponto de encontro reluzente e imaculado... rolar em caravana a ritmo de turismo relaxado, sem pressas, sem exageros, pelo convívio de uma legião de fãs, pelo prazer de conduzir...


Estava a ver que nunca mais chegava a casa... tenho que comprar um gps!

20090224

091 - Procura-se

Nome de família: Mustela negripes - Furão, mais conhecido por Furetto.
Fofinho, mal cheiroso, pés pretos.
Quem foi o último visitado pelo Furetto? Em que toca se perdeu?
Ai ai

090 - Cheiro a Filme

Gostei do filme por tudo e por nada: a história é inverosímil mas vale a pena ler a mensagem subliminar.

A cena final é o cumulo dos filmes indianos, hmmm, digamos que prevejo que os filmes indianos ainda se vão tornar um must :-D

20090221

044R5 - Dezembro em Fevereiro

Para não nos esquecermos do espírito de Dezembro, chamem-lhe Natal, Boa Vontade, Paz entre Homens, Esperança ou lá o que for, metam Deus, metam Consumismo, com ou sem Pai, Jesus e esses folclores associados, o que importa é que "não podemos orientar o vento mas podemos ajustar a nossa vela", é isso que queria dizer (parece que as Tripas à Porto me consomem o tempo e a inspiração, ahh grande desculpa!) uma frase que não sei de quem é, está no perfil do msn de uma Amiga e que ao ler me fez sorrir. Obrigada Amiga. Sorri tu também :-D

20090216

089 - "Diz-me onde moras" por Miguel Esteves Cardoso

"Um dos grandes problemas da nossa sociedade é o trauma da morada. Por exemplo. Há uns anos, um grande amigo meu, que morava em Sete Rios, comprou um andar em Carnaxide. Fica pertíssimo de Lisboa, é agradável, tem árvores e cafés. Só tinha um problema. Era em Carnaxide. Nunca mais ninguém o viu. Para quem vive em Lisboa, tinha emigrado para a Mauritânia!
Acontece o mesmo com todos os sítios acabados em -ide, como Carnide e Moscavide. Rimam com Tide e com Pide e as pessoas não lhes ligam pevide. Um palácio com sessenta quartos em Carnide é sempre mais traumático do que umas águas-furtadas em Cascais. É a injustiça do endereço.
Está-se numa festa e as pessoas perguntam, por boa educação ou por curiosidade, onde é que vivemos. O tamanho e a arquitectura da casa não interessam. Mas morre imediatamente quem disser que mora em Massamá, Brandoa, Cumeada, Agualva-Cacém, Abuxarda, Alfornelos, Murtosa, Angeja… ou em qualquer outro sítio que soe à toponímia de Angola.
Para não falar na Cova da Piedade, na Coina, no Fogueteiro e na Cruz de Pau. (...)
Ao ler os nomes de alguns sítios – Penedo, Magoito, Porrais, Venda das Raparigas, compreende-se porque é que Portugal não está preparado para entrar na Europa.
De facto, com sítios chamados Finca Joelhos (concelho de Avis) e Deixa o Resto (Santiago do Cacém), como é que a Europa nos vai querer integrar?
Compreende-se logo que o trauma de viver na Damaia ou na Reboleira não é nada comparado com certos nomes portugueses. Imagine-se o impacte de dizer "Eu sou da Margalha" (Gavião) no meio de um jantar.
Veja-se a cena num chá dançante em que um rapaz pergunta delicadamente "E a menina de onde é?", e a menina diz: "Eu sou da Fonte da Rata" (Espinho). E suponhamos que, para aliviar, o senhor prossiga, perguntando "E onde mora, presentemente?", só para ouvir dizer que a senhora habita na Herdade da Chouriça (Estremoz).
É terrível. O que não será o choque psicológico da criança que acorda, logo depois do parto, para verificar que acaba de nascer na localidade de Vergão Fundeiro? Vergão Fundeiro, que fica no concelho de Proença-a-Nova, parece o nome de uma versão transmontana do Garganta Funda.
Aliás, que se pode dizer de um país que conta não com uma Vergadela (em Braga), mas com duas, contando com a Vergadela de Santo Tirso? Será ou não exagerado relatar a existência, no concelho de Arouca, de uma Vergadelas?
É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra".
Ninguém é do Porto ou de Lisboa. Toda a gente é de outra terra qualquer. Geralmente, como veremos, a nossa terra tem um nome profundamente embaraçante, daqueles que fazem apetecer mentir.
Qualquer bilhete de identidade fica comprometido pela indicação de naturalidade que reze Fonte do Bebe e Vai-te (Oliveira do Bairro). É absolutamente impossível explicar este acidente da natureza a amigos estrangeiros ("I am from the Fountain of Drink and Go Away...").
Apresente-se no aeroporto com o cartão de desembarque a denunciá-lo como sendo originário de Filha Boa. Verá que não é bem atendido. (...) Não há limites. Há até um lugar chamado Cabrão, no concelho de Ponte de Lima!!!
Urge proceder à renomeação de todos estes apeadeiros. Há que dar-lhes nomes civilizados e europeus, ou então parecidos com os nomes dos restaurantes giraços, tipo: Não Sei, A Mousse é Caseira, Vai Mais um Rissol. (...) Também deve ser difícil arranjar outro país onde se possa fazer um percurso que vá da Fome Aguda à Carne Assada (Sintra) passando pelo Corte Pão e Água (Mértola), sem passar por Poriço (Vila Verde), e acabando a comprar rebuçados em Bombom do "Bogadouro"¹, (Amarante), depois de ter parado para fazer um chichi em Alçaperna (Lousã).
¹ - Bogadouro é o Mogadouro quando se está constipado!!!"
Estou completamente de acordo com o MEC! Já tive grandes problemas em morar em Mem Martins, vá-se lá saber como é que isso se escreve e onde fica!

20090207

041R6 - Tripas nas mãos e na boca

Os tripeiros gostam muito de buzinar, não perdoam qualquer deslize ou segundos perdidos no arranque do sinal verde, infringem regras, circulam na berma da auto-estrada para atalhar até à próxima saída, metem-se na faixa do lado, talvez tenham as tripas nas mãos, fazem muita porcaria na estrada. A conversa à moda do Porto é uma mistura de palavrões com querida, filhinha, saudinha e bamos ir, não combina adolescentes de calças a cair pelo rabo ou de rasta com o sotaque tripeiro, tásma a ber carago, talvez tenham as tripas na boca.
Há quem diga que o Porto é uma Grande Cidade em Ponto Pequeno - assim é que é, não vale citar mal. (e isso até é bom e, na minha opinião, ainda era melhor se se deixassem de tripas enfarinhadas, cheira mal, eu Mustela me confundo, entra-me pelo nariz e afecta-me o cérebro)

20090201

088 - Inspiração Alheia

Ao contrário da mdsol (o blogue onde mais os olhos e o cérebro se encantam em arte) tenho uma atracção fatal, estou profissional, em auto-stop, já são tantas as vezes, nas situações mais ridículas, que quando vejo um auto-stop a minha vontade é parar e despachar o assunto ou pedir uma espécie de salvo-conduto, é que pelas estatísticas já são demasiadas as galinhas que tenho e a minha vizinha nenhuma. Por exemplo: às 9h da manhã a chegar à praia de Odeceixe (o policia tinha um incrível ar de caloiro, acho que aquilo era uma espécie de praxe, pedir documentos à chegada do estacionamento de uma praia?), a chegar ao portão de entrada do local de trabalho (diz o policia: ahh esta viatura pertence a esta empresa aqui, digo eu: pois pertence, se me deixar passar entro já no portão), às 8h da noite a sair do trabalho atrasada para um jantar a 50 metros de chegar ao local (com a fome e o cansaço já não via bem o policia) e mais uma quantas sem história e mais uma com a policia fiscal que me deu direito a duas multas de 500 euros, uma porque não tinha o selo do carro e a outra porque a guia de transporte não estava bem escrita, uma delas saiu-me do bolso porque o meu ex-patrão há-de ser muito feliz por 500 euros. Ou seja a mim já me calharam demasiadas inspecções de trânsito e eu sou daquelas pessoas que entrega a pasta dos documentos do carro e o policia que veja o que lhe interessa, a situação é embaraçosa, não bebo, não tomo medicamentos, tenho tudo em ordem, tenho carta de condução, a morada da carta é igual à do bilhete de identidade, não ando em carros manhosos, e depois o polícia fica assim sem graça, perdeu tempo e não viu nada. Ok, houve uma situação que mereci: meti-me a subir uma rua de sentido contrário e pimba vem de lá um carro da polícia a descer, mais flagrante impossível. Se isto não é atracção é o quê?